Informações
A Praça Interventor Manoel Ribas estava prevista na planta original de Apucarana, elaborada pelo engenheiro agrimensor russo Alexandre Razgulaeff em 1936, contratado para realizar o serviço pela Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). O desenho urbano primitivo da cidade previa 53 ruas, quatro praças e um jardim.
O seu primeiro nome foi Praça Platina, em homenagem ao município de Santo Antônio da Platina. Os logradouros públicos primitivos da cidade receberam nomes de cidades paranaenses. A nomenclatura foi alterada para Praça Interventor Manoel Ribas em 1948, quando foi sancionada a lei nº 13 pelo então prefeito Carlos Massaretto. A mesma lei mudou o nome da Praça Palmas para Praça Rui Barbosa e renomeou outras seis ruas da planta original: Rua Reserva para Rua Professor Dr. João Cândido Ferreira; Rua Carembé para Rua Galdino Gluck Junior; Rua Piraquara para Rua Osório Ribas de Paula; Rua Marumby para Rua Dr. Benjamin Braga Filho e Rua Thomasina para Rua Dr. Oswaldo Cruz.
A escolha do nome prestou homenagem a um dos políticos mais influentes da história do Paraná. Natural de Ponta Grossa, Manoel Ribas foi prefeito de Santa Maria (RS) e depois interventor do Paraná, antigo nome dado ao governador, por indicação pessoal do presidente Getúlio Vargas. Governou o Estado por 13 anos: de 1932 a 1945. Foi responsável por um governo austero e coordenou abertura de primeiras estradas estaduais, como a Estrada do Cerne, iniciada em 1935 e concluída em 1940, ligando o Paraná de Curitiba ao Porto Alvorada, com bifurcação para Londrina e Jacarezinho, entre outras obras. Morreu em Curitiba em 28 de janeiro de 1946, quando iniciava sua campanha para concorrer ao governo do Paraná, na reabertura democrática do país.
Em Apucarana, Manoel Ribas mantinha relação de amizade com o prefeito Luiz José dos Santos, o “Coronel Mamão”. Foi Manoel Ribas que indicou Luiz José dos Santos como primeiro prefeito de Apucarana em 1944, quando Apucarana conquistou sua emancipação político-administrativa.
Nos primeiros anos, a Praça Palmas – depois Praça Manoel Ribas – não passava de um grande descampado, sem nenhuma infraestrutura urbana. Por isso, o local era escolhido com frequência para armação de lonas de circos que vinham se instalar na cidade ou para concentrações cívicas.
A situação mudou quando Luiz José dos Santos voltou à Prefeitura, eleito em 1951 pelo voto popular. Uma de suas principais obras foi a reforma da Praça Manoel Ribas, em 1952. O projeto urbanístico foi de autoria do engenheiro Osvaldo Octávio Pereira e a construção coube ao empreiteiro Jaroslau Maistrovicz. A principal atração da obra foi a instalação de uma fonte luminosa, que foi uma das grandes novidades da época e elevou o local a principal ponto de visitação e turístico de Apucarana.
Desde o início, o logradouro foi conhecido como “Redondo” e depois como “Praça do Redondo” por conta do seu formato em forma de círculo. O “apelido” até hoje é utilizado pela maioria dos apucaranenses para se referir ao local.
A Praça Manoel Ribas passou por inúmeras obras de revitalização ao longo dos anos, que alteraram consideravelmente suas características originais. A fonte – apenas com água transparente – segue sendo uma atração no local. A praça também mantém bustos de Manoel Ribas e do primeiro prefeito Luiz José dos Santos, instalados lado a lado. Bancos também estão distribuídos em uma estrutura de pergolado de metal e madeira para uso dos frequentadores. O espaço foi ainda adequado para a realização de eventos artísticos, culturais, feiras e outros eventos. No local, funciona uma unidade do projeto Rede Mulher de Gastronomia, que é um empreendimento solidário da Rede de Mulheres Solidárias do Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família da Prefeitura de Apucarana.
Localização
Praça Interventor Manoel Ribas – Centro